quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fenômenos Espirituais e suas semelhanças com a Ufologia ... Ou, seria o inverso ?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O fato a seguir ocorreu em fevereiro de 1948. Naquela ocasião, o delegado R. A. Ranieri, homem público sério e acostumado a lidar com todo tipo de caso em razão de sua profissão, teve seu primeiro contato com fenômenos de materialização. Isso ocorreu na casa do doutor Rômulo Joviano, alto funcionário na cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, onde estavam presentes os médiuns Francisco Cândido Xavier, como assistente, e Francisco Lins Peixoto ou Peixotinho, como era chamado por todos, que servia aos espíritos operadores para produzir as materializações. Os fenômenos que ali foram presenciados seriam repetidos muitas vezes em outros lugares, possibilitando a Ranieri escrever seu prestigioso livro Materializações Luminosas [FEESP, sem data]. A produção de fenômenos físicos, para fins de estudo sério e de propósito definido, requer trabalho de equipe espiritual especializada, de médium fornecedor de fluídos especiais, de ambiente preparado e de pessoas selecionadas para promover os trabalhos, registrar tudo e absorver das reuniões todo conhecimento possível, para dele fazer uso na divulgação da imortalidade da alma e na realização de obras fraternas. Tudo é sempre feito sob rigorosa organização.

Numa dessas reuniões, o médium Ênio Wendling descreveu um enorme engenho espiritual, semelhante a um zepelim, no qual os espíritos eram transportados para participar da ocasião. Eles desciam do objeto por um grande tubo, algo parecido a uma chaminé, e penetravam no recinto. Conforme informações espirituais, esse veículo não se compara com a nave tipo “nuvem charuto”, conhecida na Ufologia. Trata-se de um engenho de transporte existente nas colônias espirituais próximas à Terra. Naquelas reuniões, Ranieri afirma que tiveram conhecimento de coisas maravilhosas, assim como de coisas medonhas, horríveis, existentes no mundo espiritual. De fato, certa noite, numa sessão realizada no Centro Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, sociedade em que trabalhava Peixotinho, houve uma demonstração de que o mundo espiritual realmente dispõe de aparelhos capazes de produzir no corpo humano uma verdadeira recuperação da saúde. Trata-se de aparelhos completamente desconhecidos na Terra e de efeito fantástico. Após iniciar a sessão, o delegado descreve uma entidade resplandecente aproximando-se de uma senhora e colocando em seu tórax um aparelho estranho, parecido com um bolo, feito numa forma semelhante à concavidade de um prato fundo, portanto, quase um disco. Era gelatinoso, de cor verde-clara, e transparente, ao qual podiam ver o interior de seu corpo como se contemplassem peixes em um aquário. Lá dentro palpitava o coração, arfavam os pulmões e corria o sangue nas artérias e nas veias. Via-se tudo com perfeita nitidez.

Episódio de materialização — Ainda tomados pelo momento, a entidade mergulhou uma mão através do aparelho, ficando parte do membro no interior do corpo da senhora e o resto para fora. Em gestos compassados, o espírito retirou a mão e tornava a mergulhá-la. Cada vez que a retirava, trazia nos dedos certa matéria escura, que lançava no ambiente e se dissolvia. O espetáculo durou longos minutos. Diante desse episódio incomum de materialização, seria o caso de indagarmos para reflexão. A ciência tem algum aparelho como esse? E o mergulho da mão dentro do corpo? E a entidade resplandecente? Com efeito, fora um evento espiritual grandioso. Com o uso de aparelhos desconhecidos, os espíritos faziam rapidamente materialização e desmaterialização das mãos, cujo propósito fora restaurar um corpo humano doente e demonstrar aos participantes a magnitude do mundo invisível, que é descortinado aos nossos olhos pelo Espiritismo.

O globo de luz girava no ar — Em 07 de dezembro de 1950, as pessoas do grupo André Luiz estavam reunidas. Após o início da sessão, começaram a penetrar no salão entidades materializadas e luminosas, com a finalidade de tratar os doentes que ali se encontravam. Em certo ponto dos trabalhos, Ranieri aproximou-se da cabine em que estava Peixotinho, em estado de letargia, e teve uma surpresa. Ele conta que um globo de luz vermelha do tamanho de uma laranja estava cerca de 80 centímetros do corpo de Peixotinho. “A luz, incidindo sobre ele, iluminava-o frouxamente. Aproximei-me. O globo de luz girava no ar e fazia evoluções lentas”. Ranieri chegou perto da cama em que estava o médium e começou a dar-lhe passes; então a luz vermelha flutuante iniciou um giro em torno do delegado. “Passava em volta de minha cabeça, em frente aos meus olhos, enquanto eu dava passes”, conta. E a evolução do globo de luz prosseguiu, fazendo outro percurso, que Ranieri assim descreveu: “Passava entre os meus braços, evolucionando pela frente de meu peito, e, contornando-me as costas, voltava a passar entre os meus braços, penetrando pela frente”.

Nessas condições, estando com suas mãos apoiadas nas de Peixotinho, privando-o de qualquer movimento, a luz vinha e se intrometia entre os dois. Não havia um espírito materializado, mas um globo de luz materializado. Se era um espírito em forma esférica ou se era um aparelho movimentado por espírito, eles não souberam responder. Quando as luzes do salão foram acesas, o globo vermelho, perfeitamente materializado, extinguiu-se lentamente no ar, desaparecendo de vista. Nos relatos de Ranieri, em que os assistentes constataram a presença de espíritos operando os fenômenos, encontramos similaridade com os relatos de aparições testemunhadas em todo o mundo, tidas como sendo o Fenômeno UFO, mas cuja origem mais provável é espiritual. Conforme mostrado no livro Universo Profundo [Lúmen Editorial, 2003], ambos os fenômenos de fato existem. E por isso convém conhecer os fenômenos puramente espíritas para, ao menos, tentar distingüi-los.

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